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Ataque químico deixa dezenas de mortos na Síria, dizem ONGs; governo Assad nega
Diferentes organizações, como o Observatório Sírio para os Direitos Humanos e os Capacetes Brancos, falam em mais de 40 mortos em Douma, cidade no subúrbio de Damasco.
Por G1 | Postado em: 08/04/2018 - 07:17

Dezenas de pessoas morreram em um suposto ataque químico em Douma, cidade controlada pelos rebeldes perto da capital Damasco, afirmaram ativistas, equipes de resgate e médicos sírios neste domingo (8).

Comunicado conjunto divulgado pela Sociedade Médica Sírio-Americana (SAMS, na sigla em inglês) e a Defesa Civil síria (ONG mais conhecida como Capacetes Brancos) cita 49 mortos.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), ONG que monitora a guerra civil do país, disse que ao menos 80 pessoas foram mortas em Douma ontem, incluindo cerca de 40 que morreram de sufocamento.

A acusação do suposto ataque químico, que ocorreu no final do sábado, partiu do grupo rebelde sírio Jaish al-Islam. Eles acusam o regime de Assad de lançar um barril-bomba com substâncias químicas venenosas contra civis em meio a uma ofensiva das forças do governo sírio a Douma.

Os Capacetes Brancos, socorristas ligados à oposição, relataram que famílias inteiras foram encontradas sufocadas em suas casas e abrigos.

O OSDH disse que não podia confirmar se armas químicas foram usadas no ataque. As agências de notícias também não conseguiram confirmar os relatos de forma independente.

Douma fica no subúrbio de Damasco, na região conhecida como Ghouta Oriental, que vem sendo alvo do regime sírio por concentrar opositores perto da capital.

 

Regime sírio nega

 

A mídia estatal síria negou o lançamento de ataques químicos assim que as notícias começaram a circular. "Os terroristas do Jaish al-Islam estão em colapso e seus meios de comunicação estão fabricando ataques químicos em uma tentativa fracassada de obstruir os avanços do Exército Árabe Sírio", afirmou a agência de notícias estatal Sana.

Neste domingo, a televisão estatal síria informou que o governo do ditador Bashar Al-Assad "está pronto para iniciar negociações" com os rebeldes.

Os Estados Unidos pediram à Rússia que retirem o apoio a Assadapós o suposto ataque químico. O Departamento de Estado dos EUA disse que relatos de vítimas em massa de um suposto ataque de armas químicas em Douma foram "horripilantes" e que, se confirmados, "exigem uma resposta imediata da comunidade internacional".

Mas o governo russo negou o uso de armas químicas na ofensiva. "Nós negamos categoricamente essa informação", afirmou o general Yuri Yevtushenko, chefe do centro russo de reconciliação na Síria.

 

Ofensiva contra rebeldes

 

Forças do governo sírio retomaram na sexta (6) à tarde sua ofensiva contra Douma, cidade controlada por rebeldes, após uma trégua de dez dias entrou em colapso devido a um desacordo sobre a evacuação de combatentes da oposição.

A violência recomeçou dias depois que centenas de combatentes da oposição e seus parentes deixaram Douma em direção às áreas controladas pelos rebeldes no norte da Síria. Douma é a última fortaleza rebelde no leste de Ghouta.

Assad já recuperou o controle de quase toda a região, em uma campanha militar apoiada pelos russos que começou em fevereiro, deixando apenas Douma em mãos rebeldes. Após um período de calmaria de alguns dias, as forças do governo voltaram a bombardear Douma na sexta.

 

Ataques químicos

 

O suposto ataque de gás em Douma ocorre quase um ano após um outro supósto ataque químico, na cidade de Khan Sheikoun, no norte da Síria. Dezenas de pessoas morreram, e o ataque levou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a ordenar um ataque com mísseis contra uma base aérea síria.

Na época, os governos sírio e russo também negaram a autoria do ataque.

Um outro ataque químico no leste de Ghouta, em 2013, matou centenas de pessoas e também foi atribuído às forças do governo sírio. Na ocasião, os EUA ameaçaram uma ação militar no país, mas recuaram.

A Síria nega ter usado armas químicas durante os sete anos de guerra civil e diz que eliminou seu arsenal químico em 2013, sob um acordo intermediado pelos EUA e pela Rússia após a denúncia de 2013.

 
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