Esta quinta-feira (29) é o último dia para os programas dos candidatos ao governo do Estado antes do primeiro turno da eleição, o governador Ratinho Júnior (PSD) mirou o principal adversário, o ex-governador Roberto Requião (PT), ao criticar a possibilidade do que chamou de “volta do coronelismo da velha política”. Já seu oponente manteve a estratégia já verificada desde o início da campanha no rádio e na televisão, de buscar “colar” sua imagem a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ratinho Jr, ao contrário, chega ao final da campanha praticamente ignorando o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), na propaganda televisiva. Desde o começo da disputa, o governador tem evitado nacionalizar o confronto, para não correr o risco de afastar o eleitor paranaense que pretende votar em Lula, e atrair para si a rejeição de Bolsonaro.
Ratinho Jr tem repetido em seus programas o discurso de o Estado não pode ter retrocessos, uma referência clara ao fato de Requião ter governado o Paraná por três mandatos. “Não vamos deixar que o discurso de ódio do coronelismo volte ao Paraná. As mordomias e o mau uso do dinheiro público acabaram”, afirma o governador na propaganda.
Nessa última semana de campanha, ele voltou a reprisar as peças em que afirma ter reduzido o número de secretarias e acabado com a aposentadoria dos ex-governadores, o que segundo o candidato, “deixou muita gente nervosa”. “Somos da geração que não suporta mais a incompetência e o ódio da velha política. Deixamos para trás as mordomias que faziam o Paraná dar errado”, disse.
“Devolvemos o jatinho particular e a ilha e a chácara do governador estão sendo transformadas em escolas, e o dinheiro economizado foi investido em educação, saúde e segurança”, acrescentou.
Se nos programas dos blocos dos candidatos, o tom do governador é mais propositivo, nas inserções ao longo da programação, as críticas ao adversário foram intensificadas. Em uma das propagandas recentes levadas ao ar, a campanha de Ratinho Jr critica a contratação de parentes de Requião durante suas administrações, afirmando que ele teria empregado mais de 20 familiares.
Em seu programa, Requião devolve explorando o aumento de tarifas durante a atual gestão, e os conflitos de Ratinho Jr com o funcionalismo. “É o nosso compromisso reduzir o preço das tarifas de água e energia elétrica, que hoje é um verdadeiro roubo”, disse. “Os professores, os médicos e os policiais serão valorizados e respeitados”, prometeu, acenando ainda com a redução de impostos de pequenas e médias empresas.
Requião afirmou ainda que, em parceria com Lula, vai implantar o pedágio de manutenção, “com preços bem pequenos”. No mesmo programa, o ex-presidente aparece ao lado do ex-governador, confirmando a intenção.