O mandato de Deltan Dallagnol (Podemos) foi cassado por unanimidade pelo plenário do Tribunal Superior Eleitoral, nesta terça-feira (16). Ele foi o deputado federal mais votado no Paraná, recebeu mais de 344,9 mil votos.
O ex-coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato e ex-procurador da República foi o segundo deputado mais votado da história.
A acusação contra Deltan Dallagnol estaria inelegível na data do pedido de registro de candidatura, conforme a previsão do artigo 1º, inciso I, alíneas "g" e "q", da Lei de Inelegibilidade (Lei nº 64/1990). Ao analisar as impugnações, o TRE-PR informou que a Justiça Federal suspendeu a decisão de rejeição de contas apontada contra o candidato e que Dallagnol não respondia a processo administrativo disciplinar quando pediu exoneração do cargo de procurador da República. O ministro Benedito Gonçalves é o relator.
Outro recurso de relatoria do ministro Benedito Gonçalves foi interposto contra decisão da Corte Regional de Alagoas, que cassou o mandato e aplicou multa a vereador eleito em Rio Largo, pelo Progressistas (PP), e a cabo eleitoral nas Eleições de 2020. Eles foram condenados por abuso do poder econômico e compra de votos.
O suplente Luiz Carlos Hauly (Podemos), que recebeu 11.925 votos, é quem deve assumir a cadeira.
Nota de Deltan Dallagnol
"344.917 mil vozes paranaenses e de milhões de brasileiros foram caladas nesta noite com uma única canetada, ao arrepio da lei e da Justiça. Meu sentimento é de indignação com a vingança sem precedentes que está em curso no Brasil contra os agentes da lei que ousaram combater a corrupção. Mas nenhum obstáculo vai me impedir de continuar a lutar pelo meu propósito de vida de servir a Deus e ao povo brasileiro".