Depois de uma relação não muito feliz com Domenec Torrent e a passagem de Rogério Ceni, que apesar de ter rendido um Campeonato Brasileiro, nunca pareceu ser ideal, Renato Gaúcho chegou ao Flamengo e logo a equipe voltou a encaixar. O clube está vivo nas três principais competições do ano e joga um futebol incrível, especialmente na parte ofensiva.
Quem entrar no esporte bet hoje verá o Mengão como favorito nos jogos da Libertadores, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. A possibilidade de uma tríplice coroa é sensacional, já que o ano mágico de 2019 teve Libertadores e Brasileirão, mas uma eliminação pro Athletico na Copa do Brasil.
Na plataforma do Sportingbet só o Atlético-MG parece ter esse mesmo respeito. Por isso Renato Gaúcho pode voltar a sorrir e falar bastante nas entrevistas, como em seus melhores tempos no Grêmio. Mas isso pode gerar um fato novo que o torcedor rubro-negro nem quer pensar.
Apesar dos bons resultados, Tite não é uma unanimidade na Seleção Brasileira. Depois da Copa do Mundo de 2018 seu índice de aprovação caiu bastante, já que o time não conseguiu ter bom desempenho na maioria dos jogos e craques como Neymar decepcionaram.
Renato sempre foi a maior sombra em um período de descredenciamento dos treinadores brasileiros pós 2014. Como colocar um técnico estrangeiro na seleção brasileira é ainda inimaginável – se isso é certo ou não é outra discussão – o ex-treinador do Grêmio era o único que convencia, fazendo o Tricolor gaúcho ser campeão da Copa do Brasil, da Libertadores e quase chegando a mais uma final, antes de ser eliminado pelo River Plate na semifinal em 2018 com dois gols em cinco minutos.
O maior trunfo de Renato Gaúcho é gostar de um futebol ofensivo e falar o idioma do boleiro, algo que na seleção, onde os craques abundam e egos também podem aflorar, é positivo ter alguém que consegue dominar o vestiário.
Uma saída em 2022 é improvável, já que o Brasil apenas disputará eliminatórias até lá. Mas se o futebol continuar longe de ser brilhante e Renato ganhar tudo no Flamengo, com certeza o burburinho começará no Rio de Janeiro, onde está a sede da CBF.
Aliás a CBF é uma incógnita nesse sentido, já que o presidente, Rogerio Caboclo, foi afastado e um dos interventores foi... Rodolfo Landim, presidente do Flamengo. A justiça impediu isso, mas aí já ficaria desenhado o completo conflito de interesses.
Como a Copa do Mundo é apenas no final do ano, diferentemente do meio do ano como é tradicional – devido às altas temperaturas no Catar preferiu-se realizar a competição no inverno do país do Oriente Médio – ainda há tempo para muita coisa rolar.
Se considerarmos apenas os treinadores brasileiros, já que há um bloqueio em contratar um estrangeiro para realizar uma completa revolução no futebol nacional, Renato Gaúcho é sem dúvidas o maior candidato.
O normal quando se trata da seleção é contratar o treinador que teve melhores resultados recentes no país ou então ir atrás da grife. Felipão em 2013 tinha saído de uma passagem ruim pelo Palmeiras, mas sua grife de Campeão do Mundo e a Família Scolari iniciou sua segunda era no comando do Brasil. O início foi bom com a conquista da Copa das Confederações. Depois vimos o que aconteceu.
Tirando Dunga, que é difícil explicar, especialmente em sua segunda passagem, Tite também se encaixa no modelo, tendo duas passagens pelo Corinthians que renderam um caminhão de títulos, inclusive da Libertadores e Mundial.
Renato é o treinador brasileiro mais vitorioso em clubes na última meia década, já que Jorge Jesus e Abel Ferreira não são daqui. Mas será que ele está conectado com o que acontece no mais alto nível do futebol mundial? Porque ter tido uma carreira de jogador brilhante e ser bom de papo pode não ser suficiente. Mesmo assim seria interessante ver como essa experiência se desenrola.
