Os irmãos Ezequiel Maeberg, de 31 anos, e Paulo César Maeberg, de 30 anos, foram absolvidos nesta terça-feira (09) da acusação de assassinato de Sidney de Souza, de 38 anos. O júri popular decidiu pela negativa de autoria.
O CRIME
Sidney de Souza foi assassinado na noite de 15 de dezembro de 2022, na Praça Central de Santa Helena. Ele estava lanchando com familiares quando foi atingido por dois tiros na cabeça, em um ataque que chocou a comunidade. A Polícia Militar, a Polícia Civil e socorristas do Samu chegaram rapidamente ao local, mas Sidney não resistiu aos ferimentos. Testemunhas afirmaram ter reconhecido o atirador, que fugiu imediatamente após o crime.
A ACUSAÇÃO
Ezequiel e Paulo César Maeberg foram presos em 14 de fevereiro de 2023, após uma operação policial no Bairro Bela Vista. A investigação apontava que Ezequiel teria verificado a presença da vítima na praça, enquanto Paulo César efetuou os disparos. A acusação, representada pelo promotor de justiça Luis Marcelo Mafra, também sugeria que o crime foi motivado por vingança, em retaliação pela morte de Leomar Maeberg, familiar dos acusados, ocorrida em março de 2022.
Além disso, segundo a polícia, os irmãos Maeberg são suspeitos de outro homicídio, ocorrido no Bairro Vila Rica em 05 de fevereiro de 2023, onde Roberto de Souza, de 41 anos, foi assassinado. As duas vítimas, Sidney e Roberto, eram irmãos, assim como os acusados, Ezequiel e Paulo César. A acusação corre na justiça.
O JULGAMENTO
Durante o julgamento, a defesa dos irmãos Maeberg, representada pelos advogados Vitor Spazzini e Eder Spazzini, argumentou que não havia provas suficientes para incriminá-los. Ressaltaram inconsistências nos depoimentos das testemunhas e a falta de evidências concretas que ligassem os irmãos diretamente ao crime. Ezequiel e Paulo César, que haviam optado por permanecer em silêncio durante as investigações, mantiveram a negativa de autoria em seus depoimentos ao júri.
A DECISÃO
Após horas de deliberação, o júri popular decidiu pela absolvição dos réus. A decisão foi recebida com alívio por familiares e amigos dos acusados, que sempre acreditaram na inocência dos irmãos.
A sessão foi presidida pelo Juiz susbstituto Eric Bortoletto Fontes.