O frigorígico incendiado em Capanema, no sudoeste do Paraná, está passando por uma perícia nesta segunda-feira (11). Especialistas tentam descobrir a causa da explosão em um digestor, que deixou três mortos e outras três pessoas feridas, na noite de terça-feira (5).
As falhas mais comuns que podem levar a este tipo de incidente estão relacionadas a problemas de manutenção, operação e nas peças.
"Este tipo de explosão acaba acontecendo por uma série de fatores mais ou menos pré-determinados, como parte por falha de material, falha de manutenção, erro de operação, erro de checagem de instrumentação. São quatro, cinco ou seis possibilidades mais comuns", comentou o perito criminal e engenheiro civil Luciano Bucharles.
A expectativa é que as causas possam ser apontadas em até 60 dias.
Vítimas e testemunhas também começaram a ser ouvidas nesta segunda.
O digestor que explodiu ficava nos fundos do frigorífico, e, conforme os funcionários, funciona como uma panela de pressão gigante. Nela, são cozidos os restos de abate de frango usados na fabricação de ração.
Segundo o Corpo de Bombeiros, quando o digestor explodiu, a tampa foi projetada para a frente e atingiu quatro funcionários que estavam perto.
Outra parte da máquina chegou a atravessar uma parede e feriu outros dois funcionários que estavam em uma sala separada.